terça-feira, 25 de outubro de 2011

Em breve no Conversa Franca Lançamento do livro.O Tronco da Roça e a Vida no Barraco
Convidado Maciel Cover

Poste aqui sua prergunta e ela será respondida durante a entrevista.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Teoria da Convergência

Está surgindo um novo pensamento da Economia Politica

Teoria da Convergência

Em Breve no Conversa Franca

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Projeto Globalização e Crise na Economia Brasileira (PROGEB)

terça-feira, 24 de maio de 2011Semana de 16 a 22 de maio de 2011

 

Burgueses e proletários, uni-vos!

                                                                                                  Nelson Rosas Ribeiro


           Continuamos num beco sem saída. Infelizmente as estatísticas não permitem outra conclusão. Como os leitores que nos acompanham, sabem o ciclo econômico, que se manifesta como lei no capitalismo, atravessa quatro fases: crise, depressão, reanimação e auge. Já ultrapassamos a fase de crise, entramos na depressão (fundo do poço) e passamos à reanimação. A partir daí o bicho começou a pegar. Já transcorreu o tempo suficiente para a economia mundial passar da reanimação para a fase de auge. Tal não ocorreu. Entalamos no difícil processo de passagem da depressão para a reanimação. Os dados, que demonstram esta dificuldade, são abundantes.
Nos EUA a recuperação não consegue se firmar. As previsões de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB), em 2011, que eram de 3,3% ao ano, agora foi reduzida para 2,8%. E com um agravante. A capacidade do governo de injetar recursos na economia já se esgotou. A dívida pública aproxima-se do limite permitido pelo congresso que é de US $14, 294 trilhões. O governo da maior potência do mundo está ameaçado de decretar uma moratória (dar o calote) caso o congresso não autorize o aumento deste limite. É um sinal dos tempos.
Na União Européia, a situação não é melhor. A possibilidade do calote nos PIGS (Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha (Spain) cresce a cada dia e se reflete nos protestos, manifestações de rua e derrota dos governos nas eleições que estão ocorrendo. E a degradação da situação já se estende à Bélgica e Itália, ou seja, a UE anda muito mal. Como se não bastasse mandaram um vulcão terrorista e irreverente lançar cinzas para prejudicar o tráfego aéreo e obrigar o presidente Obama a sair às pressas da Irlanda.
Nos países árabes, a instabilidade continua com massacres, manifestações e bombas que atingem, não só as populações, mas os maiores países produtores de petróleo, o que se reflete na instabilidade e disparada dos preços desta commoditie.
A China apresenta sinais de desaceleração de sua economia e a situação no Japão, que já não era boa, com os desastres naturais e a catástrofe atômica, ainda não totalmente revelada, agrava-se ainda mais se prevendo uma taxa negativa para o crescimento do PIB em 2011.
Em má hora, um dos homens mais poderosos do mundo não resistiu aos encantos de uma crioula, em um quarto de hotel de luxo de uma cidade onde, a lei e a justiça, infelizmente, são eficientes. Agora o Fundo Monetário Internacional (FMI), além dos problemas que enfrentava, consome-se em conflitos para encontrar um novo presidente.
Querendo ou não, é nessas águas que o Brasil terá de navegar, tendo a presidente Dilma como timoneiro. E o mar não está para peixe. Por enquanto, aproveitando a onda mundial, surfamos nos preços elevados das commodities que permitem saldos positivos na balança comercial, enche os cofres de algumas mineradoras e do agronegócio, enquanto empobrece o país, contribui para a inflação, acaba com a indústria nacional e aumenta a possibilidade de contágio da “doença holandesa”.
Nesse sufoco, escapando de uma “pneumonia”, a presidente ainda tem de abafar o escândalo Palocci (o competente empresário e intocável agente do capital financeiro internacional), que desmoraliza e desgasta o governo. Além disso, de quebra, a furiosa bancada ruralista, com o apoio (pasmem!) do comuno-ruralista do PC do B, o deputado Aldo Rebelo, e com a ajuda de certos políticos amantes do futebol (que não resistem a uma boa bola), com o projeto do código florestal, ameaçam não só o meio ambiente, o ecossistema, como a credibilidade externa do país.
A política de combate à inflação, conseqüência da teoria econômica oficial, que é ensinada nas escolas e que inspirou os últimos governos, continua a acentuar o processo de desindustrialização e a aniquilar qualquer projeto de desenvolvimento de médio e longo prazo. O desespero causado pela situação é tal que provocou a inusitada reunião, realizada em São Paulo. Empresários e sindicalistas representados pela Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), CUT, Força Sindical e os dois maiores sindicatos do país, o dos metalúrgicos de São Paulo e do ABC, juntos, preparam um projeto de salvação nacional que será apresentado em um grande seminário e enviado ao governo.
Marx certamente ficaria surpreendido com a criatividade brasileira capaz de atualizar a sua famosa palavra de ordem transformando-a no novo lema:
Burgueses e proletários de todo o país... uni-vos!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Encontro nacional de economistas em Fortaleza

O Encontro Nacional de Economia é promovido anualmente pela ANPEC com o objetivo de estimular o intercâmbio entre economistas e profissionais de áreas afins. Realizado no mês de dezembro, consiste no mais importante evento científico nacional na sua área. Confira as informações sobre o XXXVIII Encontro, que foi realizado em dezembro de 2010.
Durante o Encontro, são apresentados trabalhos inéditos selecionados por uma equipe designada para tal fim. Os textos exploram as fronteiras do conhecimento científico na teoria econômica, na economia política e na econometria. Há também a preocupação com a discussão da realidade nacional, que é objeto de painéis e sessões temáticas, além de temas de interesse regional.
O evento conta também com a participação de renomados pesquisadores estrangeiros.
Para assegurar a ampla circulação dos trabalhos apresentados no Encontro, a ANPEC promove a sua publicação em Anais do Encontro, que contém todos os textos discutidos em plenário, e os divulga no seu site.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Quem patrocina o Lucro da Iniciativa Privada?

                                                                                                                     1 Leonardo Barbosa Silva
No Brasil existe um grande problema comercial relacionado à logística, que dificulta o escoamento da produção e também a entrada de produtos importados, tornando-se uma aresta para o crescimento econômico.
Para os neoliberais uma das explicações para o baixo crescimento econômico do Brasil está relacionados ao pouco investimento do governo em portos, estradas, linhas férreas e outros tipos de mecanismos que facilitem o escoamento dos produtos de um lugar para o outro. Resumindo “a união deve com o dinheiro público patrocinar a lucratividade da iniciativa privada”.
A Vale do Rio Doce, por exemplo, obteve um faturamento em 2010 de 30 bilhões,4 bilhões foram transformados em dividendos para os investidores e apenas 2% é pago em forma de royalties.Mas se recusa a investir 5% do lucro liquido, US$ 1,5 bilhões, em uma laminadora de trilhos no Brasil ,uma vez que os trilhos são importados da china.
Não precisa ser inteligente para sacar a lógica de exploração pela iniciativa privada, o superfaturamento das grandes corporações, a exploração dos recursos naturais, e a minúscula distribuição de renda.
O olho dos investidores, principalmente os neoclássicos nas empresas do Brasil, visa a principio questão de logística. A escassez desse elemento eleva os custos de produção e espanta os investidores. Entretanto fica clara a pergunta: por que o estado deve investir em infra-estrutura?
Alternativas
a)   Gerar empregos
b)   Crescimento econômico
c)   Aumentar a qualidade de vida
d)   Para aumentar o lucro das multinacionais

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Abaixo-assinado pela aprovação da PEC do Trabalho Escravo

O Congresso Nacional tem a oportunidade de promover a Segunda Abolição da Escravidão no Brasil. Para isso, é necessário confiscar a terra dos que utilizam trabalho escravo. A expropriação das terras onde for flagrada mão-de-obra escrava é medida justa e necessária e um dos principais meios para eliminar a impunidade.
A Constituição do Brasil afirma que toda propriedade rural deve cumprir função social. Portanto, não pode ser utilizada como instrumento de opressão ou submissão de qualquer pessoa. Porém, o que se vê pelo país, principalmente nas regiões de fronteira agrícola, são casos de fazendeiros que, em suas terras, reduzem trabalhadores à condição de escravos - crime previsto no artigo 149 do Código Penal. Desde 1995, mais de 31 mil pessoas foram libertadas dessas condições pelo governo federal.
Privação de liberdade e usurpação da dignidade caracterizam a escravidão contemporânea. O escravagista é aquele que rouba a dignidade e a liberdade de pessoas. Escravidão é violação dos direitos humanos e deve ser tratada como tal. Se um proprietário de terra a utiliza como instrumento de opressão, deve perdê-la, sem direito a indenização.
Por isso, nós, abaixo-assinados, exigimos a aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, que prevê o confisco de terras onde trabalho escravo foi encontrado e as destina à reforma agrária. A proposta passou pelo Senado Federal, em 2003, e foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados em 2004. Desde então, está parada, aguardando votação.
É hora de abolir de vez essa vergonha. Neste ano em que a Lei Áurea faz 120 anos, os senhores congressistas podem tornar-se parte da história, garantindo dignidade ao trabalhador brasileiro.
Pela aprovação imediata da PEC 438/2001!

http://www.trabalhoescravo.org.br/abaixo-assinado/

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Traficantes e bicheiros protestam contra incêndio no RJ

Classes se unem contra Prefeitura Carioca.



RIO DE JANEIRO, Brazil - Um grupo de traficantes e bicheiros das comunidades das Escolas de Samba atingidas pelo incêndio de hoje pela manhã protestaram no centro do Rio contra o descaso da prefeitura.

- Agora vamos ter que injetar mais grana do "movimento" nas Escolas de Samba. É um absurdo o que a prefeitura faz com a gente - disse o Traficante Marquinho C.D.

O grupo se reuniu em frente a Cidade do Samba, local do incêndio.

- Olha, não tá fácil. Hoje em dia com a Mega-Sena pagando prêmio alto ninguém quer fazer uma "fézinha" no bicho. E quando o carioca joga, é só no 24 - disse o bicheiro Castor Palhares.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

PARE BELO MONTE: NÃO À MEGA USINA NA AMAZÔNIA


Belo Monte seria maior que o Canal do Panamá, inundando pelo menos 400.000 hectares de floresta, expulsando 40.000 indígenas e populações locais e destruindo o habitat precioso de inúmeras espécies -- tudo isto para criar energia que poderia ser facilmente gerada com maiores investimentos em eficiência energética.

A pressão sobre a Presidente Dilma está aumentando: o Presidente do IBAMA acabou de renunciar, se recusando a emitir a licença ambiental de Belo Monte e expondo a pressão política para levar este projeto devastador adiante. Especialistas, lideranças indígenas e a sociedade civil concordam que Belo Monte é um desastre ambiental no coração da Amazônia.

As obras poderão começar logo. Vamos aumentar a pressão para Dilma parar Belo Monte! Assine a petição, antes que as escavadeiras comecem a trabalhar -- ela será entregue em Brasília.





sábado, 29 de janeiro de 2011

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB"                ( LEIA COM ATENÇÃO, EM RESPEITO À SUA FAMÍLIA )

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima terceira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 11 é a realidade em busca do IBOPE..
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça,
cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? HERÓIS ?

São esses nossos exemplos de
HERÓIS ?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns).
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo,
o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia,
alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.


Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar.... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... ,telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
 
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rio$$$$$ de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade

AMIGO :
A LEI BRASILEIRA AUTORIZA ESSAS BESTIALIDADES, MAS O SEU LAR É INVIOLÁVEL DESLIGUE SUA TV NA HORA QUE ANUNCIAREM O PROGRAMA, E DESSA FORMA
A AUDIÊNCIA VAI CONTINUAR EM QUEDA LIVRE ( JÁ É A MENOR DE TODAS AS EDIÇÕES)
                E OS PATROCINADORES TIRARÃO O PROGRAMA DO AR.
               
BRASIL...! Acima de tudo...!!!
Escola do MST tem a melhor nota do ENEM em Santa Catarina
Na Escola Semente da Conquista, localizada no assentamento 25 de Maio, em Santa Catarina, estudam 112 filhos de assentados, de 14 a 21 anos. A escola é dirigida por militantes do MST e professores indicados pelos próprios assentados do município de Abelardo Luz, cidade com o maior número de famílias assentadas no estado. São 1418 famílias, morando em 23 assentamentos.

A escola foi destaque no Exame Nacional do Ensino médio (Enem) de 2009, divulgado na pagina oficial do Enem. Ocupou a primeira posição no município, com uma nota de 505,69. Para muitos, esses dados não são mais do que um conjunto de números que indicam certo resultado, mas para nós, que vivemos neste espaço social, é uma grande conquista.

No entanto, essa conquista, histórica para uma instituição de ensino do campo, ficou fora da atenção da mídia, como também pouco reconhecida pelas autoridades políticas de nosso estado. A engrenagem ideológica sustentada pela mídia e pelas elites rejeita todas as formas de protagonismo popular, especialmente quando esses sujeitos demonstram, na prática, que é possível outro modelo de educação.

A Escola Semente da Conquista é sinal de luta contra o sistema que nada faz contra os índices de analfabetismo e do êxodo rural. Vale destacar que vivemos numa sociedade em que as melhores bibliotecas, cinemas, teatros são Mais de 100 filhos de assentados estudam na Escola para uma pequena elite. Espaços culturais são direitos universais, mas que são realidade para poucos.

E mesmo com todas as dificuldades a Escola Semente da Conquista foi destaque entre as escolas do Município. Este fato não é apenas mérito dos educandos, mas sim de uma proposta pedagógica do MST, que tem na sua essência a formação de novos homens e mulheres, sujeitos do seu processo histórico em construção e em constante aprendizado. 

Fonte : Diario da Classe Intersindical

Qual a diferença entre Crescimento Econômico e Desenvolvimento Econômico

Podemos definir crescimento econômico como o aumento da capacidade produtiva da economia (produção de bens e serviços). É definido basicamente pelo índice de crescimento anual do Produto Nacional Bruto (PNB), per capita. O crescimento de uma economia é indicado também pelo crescimento da força de trabalho, pela receita nacional poupada e investida e pelo grau de aperfeiçoamento tecnológico.

Já o desenvolvimento econômico, podemos conceituá-lo como sendo o crescimento econômico (aumento do PNB per capita), acompanhado pela melhoria da qualidade de vida da população e por alterações profundas na estrutura econômica.

Como se pode ver, o conceito de desenvolvimento é mais qualitativo, pois inclui as alterações da composição do produto e a alocação dos recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os indicadores de bem-estar econômico e social (pobreza, desemprego, violência, condições de saúde, alimentação, transporte, educação, higiene e moradia). Em suma, podemos afirmar que desenvolvimento econômico é algo que combina crescimento com distribuição de renda.

O Desenvolvimento de cada país depende de suas características próprias, tais como: situação geográfica, extensão territorial, passado histórico, cultura, população e riquezas naturais. A Organização das Nações Unidas (ONU) usa os seguintes indicadores para classificar os países, segundo o grau de desenvolvimento: índice de mortalidade infantil esperança de vida média, nível de industrialização, grau de dependência externa, potencial científico e tecnológico, grau de alfabetização, instrução e condições sanitárias.

De maneira geral, as mudanças que caracterizam o desenvolvimento econômico de uma cidade, região ou país, consistem no aumento da atividade industrial em comparação com a atividade agrícola, migração de mão-de-obra do campo para a cidade, redução das importações de produtos industrializados e das exportações de produtos primários e menor dependência de auxílio externo.

Para caracterizarmos um processo de desenvolvimento é fundamental observarmos ao longo do tempo a existência de: 1º crescimento do bem-estar econômico medita por indicadores, como, por exemplo: Produto Nacional Total e Produto, per capita; 2º diminuição nos níveis de pobreza, desemprego e desigualdades; 3º elevação das condições de saúde, nutrição, educação, moradia, etc.

Como citamos anteriormente, ser possível uma cidade, região ou país crescer sem se desenvolver economicamente, gostaria de citar como exemplo a cidade de Mossoró, que nos últimos anos apresentou um aumento significativo do fluxo comercial advindo do setor salineiro e do parque industrial impulsionada pela Petrobras, aumento razoável no nível de exportação de seus produtos primários, na cacinicultura, na verticalização do mercado imobiliário e no setor terciário (notadamente o comércio e a prestação se serviços), cujos recursos advindos deste crescimento não causaram modificações estruturais que pudessem induzir incremento complementar em outros setores ou segmentos da economia local e não implicaram em modificações institucionais que melhorasse a qualidade de vida da nossa população.

Sem dúvida, a economia de Mossoró tem apresentado um considerável índice de crescimento econômico, não impedindo que a cidade apresente um índice de desemprego galopante, já sendo visível o grande número de famílias que vivem abaixo da linha internacional de pobreza, apesar de ser expressivo o aumento de estabelecimentos comerciais no município. Falar em desenvolvimento econômico a nível de Mossoró é um grande equívoco ou desconhecimento total da nossa realidade, cujos índices de desemprego, violência, prostituição infantil e desigualdades sociais crescem em progressão geométrica.

O aspecto fundamental é que desenvolvimento econômico não pode ser analisado, somente, por meio de indicadores como crescimento do produto real ou crescimento do produto real per capita. Desenvolvimento econômico deve ser complementado por indicadores que representem, ainda que de forma incompleta, a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, bem como a elevação das condições de saúde, nutrição, higiene, moradia, dentre outras variáveis sociais.